Um barulho infernal ecoou na entrada do hospital. Dezenas de mulheres, a maioria jovens, reuniram-se em redor, gritando insultos enquanto seguravam ovos, farinha e qualquer objecto que pudessem atirar ao ar. Seus olhos, cheios de raiva, estavam fixos em uma única figura: Anna.
- Sem vergonha! Quebre lares! —gritou um deles, erguendo um ovo na direção de Anna, pronto para jogá-lo.
Anna, perplexa, mal entendia o que estava acontecendo, enquanto os guardas tentavam manter o caos sob controle. Mikhail, desesperado, moveu sua cadeira de rodas com uma velocidade que ele não achava possível em seu estado. Na tentativa de protegê-la, ele se virou violentamente e, com mão firme, puxou-a para seu colo.
—Mikhail, não! Eu não quero machucar você! —Anna protestou, empurrando-o gentilmente, mas ele a segurou com força.
—Não vou deixar que te machuquem mais, Anna. “Não vou deixar você ir”, respondeu ele, ele, determinado, foi acusado de fúria contida.
Os gritos não pararam. Um após o outro, os ovos