Eu subi as escadas em passos indecisos. O coração apertado, o medo de descobrir algo que me magoasse, mas se o meu marido estava distante, eu não poderia continuar fingindo não perceber.
Eu dei dois toques na porta e abri. Ele estava lá na varanda com o pescoço inclinado, na intenção de ver quem era.
— Nora! É você?— ele tinha um sorriso inocente no rosto, que me desmontou.
— Não acha que está distante demais?— eu disse me aproximando.
— De quem?
— De tudo! Do seu filho, de mim, da casa!
Victor me olhava como se eu estivesse falando de algo que só existisse na minha cabeça.
— Sinto falta de você! — eu disse chorosa.
— Só está carente porque não podemos fazer amor!— ele disse, voltando-se para o notebook na mesa de centro.
— Eu posso!
Victor ergueu os olhos subitamente surpresos.
— Pode?
— Nosso filho já fez quatro nesses!— expliquei.
Victor ficou confuso. Eu indaguei curiosa:
— Quando Rafaella teve nenê, quanto tempo ficara