Eu podia ver através dos olhos brilhantes daquele homem bem vestido e educado, que ele se interessava por mim, o que me deixava encabulada.
— E então, Nora! Me conte o que tem feito? Como está a sua relação com o Rei da Soja?
Eu ri desconfortável e sentei na minha cadeira.
— Aconteceram muitas coisas, doutor!— eu disse rindo de nervoso.
— Como o que, por exemplo?— Ele me encarava com os seus olhos vivos, o rosto feliz, e eu me sentia acuada.
Ele percebeu e encostou-se na sua cadeira, todo falante.
— İmagino que tenha voltado para o seu marido e que está aqui pelo seu filho! Tentativa desastrosa! Adivinhei?
Eu ri sem jeito.
— Foi exatamente isso o que aconteceu!— eu disse sem graça.
— Precisa ter as mesmas armas que ele!— ele disse sério.
— É sobre isso! — eu também fiquei séria.
O doutor Alexandre esticou a mão sobre a mesa procurando a minha.
— Precisa ser fria— ele disse me olhando.
Eu olhei para a mão que segurava a mi