Estreitei os olhos e o rei começou a chamar-lhe a atenção. Sinceramente, não entendi a forma rude com a qual o homem me tratava, mas respondi de forma dócil:
— Água, por favor, Alteza!
— Temos espumantes de qualidade também. — Seguiu afrontoso.
— Catriel! — A rainha chamou-lhe a atenção.
— Prefiro não, Alteza! Não quero correr o risco de beber o juízo e sair por aí nua, mostrando meu bumbum ao mundo inteiro! — Devolvi a gentileza.
— Oh, não! Você viu o bumbum dele? — A rainha lamentou, rindo divertidamente.
Olhei na direção dele, sorrindo debochadamente, sem confirmar.
Catriel não riu. Foi até o homem que preparava as bebidas e trouxe-me o copo de água antes que o serviçal o fizesse. Quando fui pegar da mão dele, nossos dedos se encontraram e senti sua pele gélida, talvez mais cortante que seu belo par de olhos azuis.
— Obrigada, Alteza! — agradeci.
Ele não disse nada. Seguiu com o olhar fixo no meu, sem sequer mostrar os dentes, com o semblante fechado.
— Pode me chamar de