Mundo ficciónIniciar sesiónClara Vasconcelos
Quando chego à cozinha, ainda sinto a vibração suave do riso preso na garganta. A camisa dele, que agora é minha por direito afetivo, desliza um pouco pelos ombros enquanto caminho. Eu tento ajeitá-la, mas ela tem vida própria, insistindo em cair, como se quisesse me lembrar de cada dedo que passou por ali minutos antes.
E eu sorrio… meu Deus, eu sorrio sozinha.
Acendo a luz suave sobre a pia. Nada agressivo, apenas o suficiente para iluminar o ambiente sem quebrar a magia que ainda pulsa sob minha pele. É estranho como tudo aqui parece mais bonito depois que ele me olha daquele jeito. Até o barulho do motor da geladeira parece mais leve.
Abro a porta gelada e o ar frio me arrepia por







