Capítulo 12

Os dois levantara-se e rumaram ao colégio; a menina sorridente, mas um pouco tímida. E Heitor completamente congelado de pavor, tinha o máximo cuidado para não dizer nada que a ofendesse e a fizesse voltar a ignorá-lo. Caminhavam razoavelmente devagar, a garota abraçava a bolsa de lado em frente a cintura com as duas mãos, como se a abraçasse. Os olhos sempre fixos à frente.

 A poucos minutos do colégio os dois ouviram um barulho muito alto às suas costas, um carro cortava a estrada jorrando torrentes de fumaça pelos ares. Um carro verde-musgo, muito bonito e, provavelmente, muito caro.

O veículo parou com uma freada brusca e um garoto desceu, seus cabelos pretos feito nanquim e olhos verde-água pareceram acentuados pelo forte sol. Afonso se aproximava sorrindo e o carro sumia às suas costas. Áurea parecia tão vermelha quanto um vinho tinto, a menina fitou rapidamente Heitor e disse que precisava se apressar, pois tinha que fazer alguma coisa antes da aula. Sumi

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