Finalmente dia vinte de fevereiro chegou. Heitor acordou como se tivesse dormido em cima de pedregulhos. Fora a pior noite desde que mudara-se. O nervosismo surgiu como um baque assim que debruçou-se para ficar sentado em sua cama.
Olhou para a janelinha redonda de seu quarto e percebeu que o dia estava nublado, não duvidaria se dali à alguns minutos caísse uma tempestade. A sua jaqueta se encontrava pousada em cima da cômoda que ficava ao lado da janelinha e Heitor correu em sua direção. Levantou tão rápido que bateu os calcanhares no piso de madeira, fazendo um ruído seguido de um berro:
— Heitor, se levantou agora?!
— Sim, mãe. — Respondeu o garoto, enquanto revirava os bolsos da jaqueta. — Aqui!
Guardou, então, o envelope na última gaveta da cômoda e jogou algumas meias por cima.
— Vem tomar o seu café, querido. Preciso de sua ajuda hoje!
— Estou indo.
O garoto vestiu uma camiseta branca, um suéter azul-ciano e sua velha bo