CAPÍTULO CENTO E DEZ

UM AMIGO IMAGINÁRIO?

— Não fale isso, Gringo – ela lhe pediu e lhe olhou com os olhos já começando a marejarem de novo.

— Falo sim, Cloe. Já havia lhe dito que a amava e Túlio sabia. Falei para ele que a amava. E respeitei os dois, não foi? – ele perguntou e ela assentiu com duas gordas lágrimas lhe escorrendo na face. – Eu amo você, muito e já amo esse bebê. Me deixe fazê-los felizes ou ao menos tentar. Passarei minha vida toda com vocês, ao lado de vocês.

— Gringo, me escute, por favor – ela pegou o rosto dele com as duas mãos –eu o amo também, mas como um amigo, um irmão! Nunca poderei amar outro homem. Juro que adoraria poder lhe corresponder, mas não poderei. Só tenho espaço para essa criança agora, você me entende?

Ele assentiu. Ela continuou a segura-lhe o rosto com carinho, aquele rosto tão amável. Ele era muito especial e ela não faria isso com ela. Não ia privá-lo de encontrar uma pessoa que também o amasse. Ela o amava, mas jamais poderia lhe dar o que ele mereceria, jamai
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