Bulaklak adentrou o quarto depois de mais ou menos dezoito horas desde o ataque de Ellie. Agora, ela estava deitada na cama, totalmente encolhida, abraçando as próprias pernas. O cômodo ainda permanecia congelado, as estacas no teto e nevava levemente, tanto que a superfície de Ellie estava coberta por uma fina camada de neve acumulada.
Dimitri veio voando por perto e pousou na mesinha de cabeceira que tinha ao lado da cama, ele deu alguns pulinhos no lugar com seus olhos focados na menina.
– Vermelho! Vermelho!
O duende se aproximou, escalando a cama até sentar-se ao lado da menina. Havia uma fina camada de geada no rosto dela, onde antes haviam lágrimas. Também tinha flocos de neve minúsculos em seus cílios e presos nos cachos ruivos de seu cabelo.
– Ellie. Está tudo bem?
Os olhos dela se abriram como duas flores desabrochando, mas ela não os focou