57. A DESAGRADAVEL DECOBERTA DE CLARK
Sentada no banco do carro, Aline olhou para o pedaço de papel por um breve instante. O nome de Vicent assinado na parte inferior fazia seu estômago embrulhar, mas o valor escrito ali era o suficiente para garantir o transplante de Gabriel. Com os olhos marejados de emoção, ela ligou o carro e acelerou rumo ao hospital.
A cada quilômetro percorrido, Aline sentia o peso de sua responsabilidade aumentar. "Está tudo bem agora", ela repetia para si, como um mantra. Ela não podia perder tempo. Gabriel precisava dela.
Ao chegar ao hospital, Aline estacionou o carro apressadamente e correu para a recepção com a bolsa firmemente segurada contra o corpo. Ao avistar a enfermeira que cuidava de Gabriel, ela mal conseguiu conter as lágrimas.
— Eu consegui o dinheiro! — exclamou, sem fôlego. — Por favor, preparem tudo. Quero que a cirurgia seja feita o mais rápido possível.
A enfermeira sorriu, compreendendo a urgência na voz de Aline.
— Certamente, senhora Rooth. Vou informar o médico agora me