Ao entardecer, Nicole encontrou algumas frutas silvestres para comer.
— Isso também se come? Eu não quero! Vá me buscar algo diferente!
O nobre em desgraça, ainda é um nobre.
Vasco olhou com desgosto para as pequenas frutas vermelhas de aparência feia, nem sequer as tocou, como se fossem sujar suas mãos ao simples contato.
— Vou fazer um banquete para você. Nem parece que estamos no meio do nada, encontrar frutas já é uma sorte!
Nicole também se irritou, não se importando se Vasco comeria ou não, jogou duas frutas para ele e levou as outras quatro para sentar sob uma árvore próxima, começando a comê-las.
Vasco, com repulsa, afastou as frutas e, olhando para as costas dela, depois de um tempo, falou:
— Como você sabia que havia enchentes nas montanhas aqui?
Nicole olhou para trás, deu a ela um olhar e voltou a olhar para o rio:
— Eu cresci no campo quando era criança, isso é conhecimento básico de vida.
— O que você está olhando?
— Estou vendo se algum barco passa pelo rio, às vezes as