Zane
A clareira estava mais silenciosa do que o habitual, o som do vento nas árvores, normalmente calmante, agora parecia carregado de uma tensão que ninguém ousava quebrar. Eu observava Ângela com atenção, meu instinto natural de protetor se intensificando enquanto ela processava as palavras de Damian. A revelação que acabara de ser jogada sobre ela era algo que ninguém poderia esperar, e eu podia ver a batalha interna refletida em seus olhos. Ela estava lutando para entender o que acabara de aprender, e, ao mesmo tempo, tentando lidar com o peso do desconhecido.Eu sabia que, nesse momento, mais do que qualquer outra coisa, ela precisava de uma base sólida, algo para se apoiar enquanto seu mundo virava de cabeça para baixo. Eu só não sabia se eu, ou qualquer um de nós, seria capaz de fornecer essa estabilidade. A responsabilidade de guiá-la por esse caminho — um caminho agora cheio de dúvidas e perigos — estava pesando sobre mim como uma carga insuportável.<