EVELYNE
Segurando a sacolinha cheia de guloseimas com apenas uma mão, eu toco a campainha. Estou tão nervosa que minhas mãos estão até suando. Pouco tempo depois, a porta se abre e sou saudada por uma Ginger confusa.
— Eve? O que faz aqui a essa hora?
— Acabei de sair do trabalho — digo, estendendo o pacote com cookies e torta red velvet. — Andrea me deixou trazer estes para casa. Decidi trazer um pouco pra vocês.
Seus olhos se expandem em excitação.
— Oh, eu amo os doces da sua cafeteria. Entre!
A sigo em direção à cozinha e coloco as guloseimas sobre o balcão.
— Onde está o seu irmão?
Ela me olha por um segundo antes de responder:
— Lá em cima.
Balanço a cabeça e desvio o olhar, sem saber ao certo como conduzir essa conversa. Começo a mexer nas embalagens com o logo da cafeteria apenas para ganhar tempo. Ginger, no entanto, não faz rodeios:
— Você gosta dele?
Eu congelo, voltando a encará-la.
— O que?
— Gosta dele? — repete.
— Eu... nós...
— Eve, você sabe que pode me contar, né? —