AARON
Como no dia anterior, eu me sento na cadeira em frente à sua escrivaninha, na mesma posição, encarando a mulher que não estava calma antes, mas nem se compara à sua reação de agora.
Ela tenta ajeitar alguns papeis sobre a mesa, as mãos trêmulas e respiração tensa.
— Você está expulso.
Arqueio uma sobrancelha.
— Não entendi.
Sua mandíbula endurece.
— Não há o que entender, Aaron Ditt. Você está expulso — diz. — E esteja agradecido por eu não decidir chamar a polícia.
Me recosto contra o encosto da cadeira e cruzo os braços sobre o peito.
— Sra. Ramsay, eu espero que haja um motivo plausível para que esteja me dizendo todas essas coisas. Caso contrário, eu seria obrigado a pensar que está passando por sérios problemas emocionais.
Ela ri sem humor, os olhos faiscando em minha direção.
— Olha, seu moleque... eu estava tentando ser civilizada com você até então, mesmo depois do que fez na outra noite, mas você não está me dando muitas opções.
Continuo impassível.
— O que eu fiz na ou