Minha perna está ardendo, meu corpo mole, minha cabeça pesa, mas ainda consigo pensar com clareza, Júlia me encara e está quase tirando sangue das unhas de tanto roer, quero fazê-la parar, mas sei que o medo nos consome, Pedro ainda está parado em pé, quase como uma estátua, não tem mais gritos ou barulhos altos, escutamos algo que parecia com coisas caindo, mas foi distante e já parou.
— Quantos estão aqui? — Perguntei
— Dezessete contando com eu e o Pedro.
— Pensar em quem é o assassino não vai nos ajudar a resolver agora. — Pedro falou
— Temos que analisar as possibilidades… Nos dois sabemos que e uma pessoa alta.
— Tamires, Bruno, Luan, Antônio e o Mateus... — Júlia foi rápida — A Fernanda também.
— Já reduzimos incrivelmente o número, não devemos confiar em ninguém, principalmente neles. Tem mais alguma característica que possamos usar?
— Tenho quase certeza que é um homem.
— Eu também, mas não quero ser surpreendida.