Simone
— Ok, estou roendo as minhas unhas internamente e o meu coração parece que vai sair pela boca a qualquer momento e o meu estômago está revirado. Será que você pode me dizer do que se trata? — pedi minutos após entrarmos no trânsito.
— Estamos perto, não seja curiosa. — Ele retruca impaciente.
— Tá bom! Mas perto quanto? — insisti.
— Perto, Simone. — rebateu.
— Isso eu já entendi, mas quanto é perto para você? — Voltei a insistir.
— Puta merda, Simone! Você é mesmo ansiosa, hein? — rosnou irritado e eu suspirei.
— Sou e muito e você não faz ideia. Então… Só me fala um pouquinho sobre essa surpresa. — Uni as mãos em uma prece e pisquei algumas vezes pra ele.
— Não.
— Chato! Se eu roer as minhas unhas de verdade, a culpa é toda sua! — resmunguei aborrecida e me ajeitei no banco, para encarar a estrada. Minutos depois Petrus parou o carro em um estacionamento privado e quando desligou o motor, me olhou com uma cara de um pai que está prestes a repreender o seu filho.
— Me lembre de