Ela não o podia evitar.
A Maia estava fora de controlo.
Há dias que lutava contra ele, refreando os seus impulsos com todas as fibras do seu corpo, e agora ele não lhe dava ouvidos. Com todos os problemas dos últimos dias, ela já se sentia demasiado fraca para contrariar o seu imenso poder animal.
Era impossível para Selena parar o seu lobo.
Ela grita na sua mente com uma voz desesperada:
"Pára! Não podes ir! Maia! Imploro-te...".
A sua fera interior, agora exposta em todo o seu esplendor, ignorou-a, correndo em direção ao seu destino com as mandíbulas abertas, dando passos largos que quase a suspendiam no ar.
O peso do seu coração não era suficiente para abafar a leveza e a liberdade com que se sentia a esmurrar o ar.
Selena sentia que estava a caminhar para a morte.
Maia apenas desejava acasalar com o seu companheiro, a quem um fio invisível a ligava.
"Por favor, Maia! O que anda por aí a matar pessoas sem escrúpulos... Porque é que não há-de fazer o mesmo connosco? É fora do comum,