...Camila...
A ausência dele me acompanha como um perfume persistente. Está aqui, mesmo sem estar. Ethan. Seu nome preenche meus pensamentos com uma constância que me desestabiliza. O jantar ainda está vivo em mim — os olhares, as entrelinhas, o toque acidental que demorou mais que o necessário.
Tudo parecia tão carregado de intenção… mas qual intenção? É isso que estou tentando entender.
Sentei no sofá, abracei meus joelhos como uma criança perdida e fiquei ali. O tempo passou, e o silêncio da casa foi ganhando peso. Às vezes, acho que estou tentando racionalizar algo que não cabe na lógica. Ficar longe dele foi uma escolha — mas não uma fácil. Queria criar distância, um espaço para respirar. Só que quanto mais tento me afastar, mais ele preenche os vazios.
O dia foi longo. E silencioso demais.
Eu queria que ele me ligasse. E quando o telefone tocou… eu vi o nome dele. Ethan.
Meu coração acelerou, minhas mãos suaram. Mas deixei tocar. Não atendi. Não por raiva. Mas porque ainda não sa