MANDY
Mark ficou olhando para ela no meio do refeitório. Ela não tinha certeza do que dizer ou fazer, quando ele perguntou:
— Você é muito boa em matemática, certo?
— Foi isso que Charlie disse a você?
— Sim. E também, todo mundo sabe, com você vencendo competições e tudo.
Uau. Ele a tinha notado. Se Mandy ainda não amasse matemática, ela começaria neste momento, só por isso.
— Digamos que a matemática seja minha praia.
Ela decidiu esclarecer isso.
— Bom. Então, eu estava pensando se você poderia me ajudar no próximo teste. Eu realmente preciso melhorar minhas notas. O treinador de natação meio que deu a entender isso.
— Você está indo na matéria?
— Podemos dizer que sou mediano. Veja, matemática não é minha praia.
Ele a informou com um grande sorriso que a emocionou. Pensando bem, ele sempre foi tão sério. Agora que ela viu seu sorriso, ela adorou.
— Vou te ajudar a estudar. O que você sugere? Não podemos estudar na biblioteca porque lá é preciso fazer silêncio.
— E vou praticar depois das aulas. A equipe tem que fazer 10 horas de treino por semana.
— Acho que você não estaria disposto a estudar nos fins de semana, né?
—Se tiver algum outro jeito, eu prefiro.
Charlie e Steph voltam com suas bandejas.
— E aí, vocês dois não vão comer?
—Claro, nós vamos, Charlie. Reserve alguns lugares para nós na sua mesa.
E depois de dizer isso, Mark simplesmente pega a mão dela e eles vão se servir. Ela fica triste por soltar a mão dele para segurar a bandeja. Parecia tão natural para ela.
Eles decidem pensar em um cronograma de estudos mais tarde e, por enquanto, apenas desfrutar de um almoço com seus amigos.
O papo é sobre esportes e o estresse das seletivas. Mas Mandy está realmente se concentrando em seu paquera. A voz dele é profunda e seus olhos continuam encontrando os dela.
Como eles podem ser tão azuis? Talvez ele esteja usando lentes de contato. Os olhos azuis das pessoas normalmente eram parecidos com o céu. Mas os de Mark eram de uma cor mais escura, que os tornava tão vivos.
A propósito, todo o seu corpo estava muito vivo. Mesmo sentado para almoçar, havia uma sensação de movimento e energia em seu corpo. Ela não tinha certeza se acontecia o mesmo com todos os adolescentes ou com todos os atletas, porque ela só se importava com este.
E ele já era o suficiente para mantê-la ocupada.
MARK
Você sempre pensa nos alunos com nota A, como sendo nerds. Mas não havia nada nerd sobre essa garota. Ela era popular e bonita. Suas opiniões eram inteligentes e ao mesmo tempo respeitosas. Ela não forçava seus pontos de vista, apenas os expunha. Seu longo cabelo castanho era como uma cascata sobre os ombros e ela tinha olhos também castanhos, o que atraía seu olhar como ímãs.
Mark a tinha visto na escola ao longo dos anos, mas eles apenas pertenciam a grupos de amigos diferentes e não tinham muito contato.
Ele até percebeu que ela continuava sendo humilde, mesmo depois de vencer importantes competições de matemática. Embora ela tivesse uma espécie de fã-clube, ela não deixou isso subir à sua cabeça. Mandy conversava com alunos mais novos da escola, que a abordaram perguntando sobre alguma entrevista na TV ou algo assim. Ela era sempre muito doce e paciente. Mandy já parecia atraente para ele há algum tempo, então, quando seu novo companheiro de equipe, Charlie, comentou que ela era a melhor amiga de sua irmã, ele aproveitou a oportunidade para conhecê-la.
Claro que ele poderia melhorar suas notas sozinho, como sempre fazia. Mas essas lições permitiriam que ele ficasse perto dela com frequência. E ele poderia observá-la no elemento que ela amava, estudando matemática. Isso poderia ser inacreditável para muitas pessoas que odiavam esta matéria. É onde ela costumava brilhar mais. Pelo menos ele teve essa impressão quando a viu competir. Mark estava ansioso por esses momentos com ela.
STEPH
— Mandy, você é tão sortuda! Você já teve um encontro com ele.
— Ah, deixa disso, Steph. Um almoço com um grupinho de pessoas na escola não pode ser considerado um encontro.
— Então me diga que você não gostou…
—Eu não posso. Porque EU AMEI.
Elas riem e se atacam suavemente com travesseiros. A desculpa de fazerem a lição de casa juntas não convencia nem a elas mesmas, pois não estavam estudando e sim, sentadas na cama de Mandy conversando sobre as muitas emoções do dia.
— E quando eu o vi pegando sua mão para ir para a fila? Quase desmaiei, minha amiga.
— Steph, você não acha que ele estava apenas sendo educado?
Mandy ainda se sentia insegura sobre o que havia acontecido.
— Ninguém é TÃO educado assim. E pense bem. Quantas horas vocês passarão juntos? Estudar junto com seu paquera é tão romântico...
— Tem certeza?
— Claro, que sim... Mark e Mandy... Mandy e Mark...
Agora Steph está com os olhos sonhadores. Ela continua sua linha de raciocínio:
— Espere um minuto... Mandy e Mark ... Isso é M & M...
Eles caíram na gargalhada com esta conclusão. E Steph continua falando:
— Se vocês se tornarem um casal e as pessoas derem presentes com monogramas, por exemplo... Eles vão aparecer M&M.
— Pare Steph... Por que você nunca fala sério?
Mas Mandy também não parava de rir, principalmente porque Steph fazia caretas engraçadas enquanto provocava a amiga.
— M&M. O povo vai perguntar, chocolate? Não. Mandy e Mark. Sim, minha amiga, você vai ficar famosa... O que você tem a dizer sobre isso?
— Steph, pensando bem… Quem não gosta de M&M?
— Todo mundo gosta, Mandy, e eu também.
E elas se abraçam, porque sabem que são engraçadinhas e jovens e que o amor está a caminho.