Ultimo Capítulo(11º) "As crianças adoravam o Sol de Moçambique..."

O Templo de Parvati  com as suas altas chaminés rendilhadas de fumo negro da morte estava deserto pela aurora, com as mãos a tremer com o saco de serapilheira húmido e nauseabundo  avanço vacilante pelo pequeno canal de lajes brancas que atravessa o lago, entro subindo as escadas esburacadas de laterite embrenhando-me na escuridão asfixiante e sentindo-me no fundo do poço. O chão era constituído por milhões de ratazanas que me levam através das colunas de corpos até ao centro no templo, onde face à estátua azul da Deusa  da ceifa da vida com seus colares de cabeças, uma pira de carvão arde e incinera os sacrifícios. Tremo ao pegar  na perninha do primeiro feto, amarrado a ele vem o segundo, os dois encurricados, rubros, sem vida, projectos de futuros passados…. perguntava-me, mas eu já os queimei? depois lembrei-me que es

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