Após conversarem mais um pouco no camarim, Lua desce com Damon e seus homens para que possa sair do bar em segurança.
No entanto, assim que chegam ao hall do bar, Lua se sente arrepiar da cabeça aos pés, o que a faz agarrar a mão de Damon por segurança, no impulso. Pondo-o assim como a Siros e Collin em alerta.
Assim que Lua ameaça correr, Damon a segura pela cintura firmemente, a puxando contra seu corpo forte e quente.
O alfa olha discretamente para seus homens, ordenando calmamente.
-Fiquem atentos.
Nesse momento surge uma pessoa de manto na cor vinho na visão periférica deles, os fazendo rosnar baixo.
Menos Damon que o encara em silêncio mortal.
A tensão entre eles fica palpável fazendo Lua engolir em seco enquanto sente o suor escorrer por suas costas, deixando um suave arrepio.
Ah droga, logo ele.
Ao ver de quem se tratava Lua congelou no lugar, aterrorizada. Pois diante dela estava nada mais, nada menos que seu pretendente e chefe de clã, Noahn.
Chefe... O... O que eu faço agora?
Ao ver o chefe do clã diante deles exalando sua magia suave, mas mortal, Lua congela arregalando os olhos.
Ela estava petrificada.
Mortificada, pois não sabia mais o que fazer.
Ela precisava fugir, sabia disso.
Todos os seus instintos gritavam para que fizesse isso.
Para que ela fugisse dali, mas como?
Suas pernas estavam presas ao chão de tão pesadas.
De repente Damon a puxa contra si ainda mais, a tirando de seu torpor.
Lua o encara surpresa, sentindo o coração saltar.
Ele a colara a seu corpo quente e forte de forma firme e imponente com uma facilidade que a desnorteava.
Nesse momento Collin e Siros entram em sua frente, prontos para defendê-los com garras e dentes.
De repente as luzes do bar começam a estourar, instalando o caos no bar.
Sabendo que seus homens lhes dariam cobertura, Damon sai andando com Lua por entre a multidão que grita e corre assustada, olhando ao redor.
Assustada, Lua não conseguia tirar os olhos de seu noivo que permanecia parado a observando com o rosto coberto pelo manto, como de costume.
Damon caminha com determinação ordenando friamente.
-Tenham cautela e voltem.
Ambos os lobos sorriem sem tirar os olhos do bruxo a sua frente, o que deixa o bruxo irritado.
De repente um vento forte se instala dentro da boate.
Lua estremece assustada, mas Damon o ignora e continua a andar puxando Lua em seus braços.
Um pouco mais a frente, quando acharam que tinham conseguido sair Lua avista aquele que menos desejava ver.
Pálida ela congela no lugar, apertando a cintura de Damon sem perceber.
Era seu pai, aquele quem a entregou ao casamento com o chefe do clã.
O mesmo chefe que estava lá atrás com os companheiros de Damon.
Pai...
Solid Griffin olhava ao redor, sem vê-la.
Damon percebe sua hesitação e firma a mão no quadril dela, perguntando calmamente.
-O que foi?
Com o olhar amedrontado ela balbucia.
- Meu... meu pai...
Damon segue seu olhar avistando um homem alto de cabelos grisalhos, totalmente deslocado dentro da boate.
Era possível sentir o poder emanando do velho e imponente homem mesmo de onde estavam.
Damon volta seu olhar para Lua, que estremece levemente, pálida, encarando o bruxo mais velho na multidão.
Logo entendendo que a linda e jovem bruxa havia fugido por causa dele.
Esse homem a havia dado ao chefe em casamento.
Por algum motivo compreender isso o irritou.
Tomando a mão dela na dele, Damon a leva para um corredor escuro parcamente iluminada com poucas lâmpadas coloridas.
O corredor estava cheio de casais aproveitando de um momento particular.
Lua encara os casais namorando com o coração acelerado, enquanto sente o rosto aquecer.
Após alguns segundos, antes que ela termine de assimilar tudo, Damon a prensa contra a parede se envergando contra a linda bruxa ruiva.
Lua o encara nervosa.
Seus corpos estavam quase que totalmente colados.
O corpo forte de Damon cobria o dela completamente com sua alta estatura.
Era como se fossem um casal se pegando de verdade.
O cheiro de ambos invadindo um ao outro, até pelos poros.
Damon trinca o maxilar, se contendo.
O aroma dela era quase intoxicante para ele, mas ele precisava se manter em alerta.
Lua engole seco diante do olhar penetrante de esmeralda de Damon.
O calor aumentando a cada segundo, irradiando do corpo quente e viril colado ao seu.
Muito perto...
Ela pensa nervosa.
Eles estavam muito próximos.
A respiração dele estava a centímetros de seu rosto, a acariciando suavemente.
Ela sente algo estranho em seu estômago novamente.
Seriam as famosas borboletas?
Ela desvia o olhar suavemente, sentindo o coração martelar no peito.
Ele está tão perto, que posso toca-lo...
Esses lábios... que gosto teriam?
Se entregando ao calor que emanava de Damon, Lua se estica um pouco e o beija levemente nos lábios.
Damon arregala os olhos em surpresa a fazendo desejar recuar, tímida.
Ela havia agido por instinto.
Ela não costumava fazer isso.
Sem jeito por não possuir experiência ela tenta se afastar, no entanto ao ser beijado Damon não conseguiu mais se conter e a apertou levemente pela cintura a puxando de volta, a beijando com desejo.
Seus corações vibrando como se fossem um.
Timidamente ela ergue os braços lhe enlaçando o pescoço, instintiva. O que o fez soltar um leve rosnar de satisfação.
Damon a beija ainda mais intensamente, fazendo seus cérebros ficarem em branco por um momento.
É quando raios trespassam pelos corpos de um para o outro, os deixando chocados.
O choque os lembra de sua situação e os faz se afastarem em busca de ar.
Ambos se encarando em um silêncio constrangedor.
Lua cora violentamente, abaixando a cabeça depressa, o fazendo perceber seu nervosismo, sentindo cheiro de sua excitação e sua pureza.
Ela por acaso é... virgem?
Ele pensou abismado.
Agora faz um pouco mais de sentido.
Se recompondo primeiro, Damon pigarreia e ergue o rosto farejando o ar.
Damon sorri suavemente.
-Venha. Vou tirá-la daqui.
Ela devolve o sorriso timidamente.
-Obrigada.
-Não me agradeça ainda. Você ainda não está segura.
Ao notar que havia um caminho vazio, Damon a pega pela mão novamente, a guiando até uma saída de funcionários que os leva para fora da boate, em silêncio.
Damon sai em um beco escuro e a leva até seu carro que está estacionado por perto.
Ele abre a porta a ajudando a entrar rapidamente, a prendendo no cinto.
Ele dá a volta no carro entrando atrás do volante, se prendendo no cinto também, ligando o carro e saindo de lá.
Ambos em silêncio absoluto, sentindo seus corações martelarem em seus próprios peitos.