Depois de algumas horas, o sol nasce iluminando o céu azul.

Minutos depois Damon chega a uma enorme mansão branca protegida com um portão de grades de ferro.

Damon abre o portão usando um controle remoto, entrando no pátio espaçoso e estaciona seu carro esportivo perto da entrada.

Ele sai do carro e abre a porta para Lua que sai do carro olhando encantada para enorme piscina.

- Você estará segura aqui.

Damon sorri suavemente pegando a mochila dele no banco traseiro.

-O... obrigada...

-Por nada. Agora venha. Vou te apresentar o lugar.

Lua acena com a cabeça o seguindo em silêncio para dentro.

A cada passo dado Lua foi admirando cada detalhe do lugar.

Afinal ela nunca esteve em um lugar tão grande e chique como aquele.

Além de ser tão bonito que era impossível de ignorar.

Assim que entram na mansão, ela fica ainda mais admirada com o hall da entrada.

A mansão era toda trabalhada em madeira com uma linda tapeçaria vermelha.

E ainda possuía um lindo lustre dourado para adornar e iluminar o lugar.

Que lindo.

Ela encara boquiaberta fazendo Damon sorrir suavemente, a tirando de seu torpor.

Ela cora timidamente e ele ajeita a mochila no ombro.

-Vem.

Lua confirma com a cabeça timidamente, o seguindo sem jeito.

Ele tira os óculos e sobe as escadas.

Ao chegar lá em cima ela se depara com um corredor com papel de parede bege com adornos dourados.

Pequenos lustres dourados iluminam o caminho.

-Por aqui ficam os quartos.

Ele aponta pacientemente.

- Ali tem um banheiro e lá embaixo tem outro.

Ele abre uma porta.

-Este será o seu quarto.

Ele aponta para uma porta ao lado.

- E aquele é o meu. Para o caso de precisar de mim.

Ela entra no quarto um pouco sem jeito, mas fica admirada ao vê-lo.

Ela olha para o quarto rosado bem iluminado e decorado.

-Espero que seja do seu agrado.

Damon comenta recostado na entrada do quarto a observando com atenção.

Lua cora timidamente.

-É muito lindo, obrigada.

Damon sorri satisfeito.

-Fique à vontade então. Ah, e você pode ir tomar banho primeiro. Como disse o banheiro é no fim do corredor.

Ela cora violentamente.

-Obrigada Damon.

-Sem problemas.

Com um sorriso suave ele sai do quarto a deixando sozinha.

Lua vai até a cama e abre sua mochila, pegando algumas coisas, seguindo para o banheiro para se banhar.

Ao abrir a porta ela fica boquiaberta.

O banheiro era todo azulejado nas cores bege e madeira.

-Tudo aqui é tão bonito... Nem se compara com meu vilarejo.

Ela comenta baixinho, tirando a roupa antes de ir se banhar.

Devo mesmo ficar aqui?

Afinal, eu não o conheço.

Ah... Eu fuji de casa por causa de um homem que não conhecia e caí na casa de outro homem que não conheço.

O que é que estou fazendo da minha vida?

Lua se mortificava a cada minuto, sentindo a água morna escorrer por seu corpo, sem ter certeza se fez a escolha correta.

Afinal, eles eram tão estranhos para ela, quanto o seu pretendente.

Lua termina seu banho e coloca um baby-doll rosa simples com um roupão da mesma cor, se sentindo exausta.

Acho que estou mais cansada do que pensei.

Lua volta para o quarto arrumando suas coisas.

É quando dá pela falta de algo.

-Oh droga.

Ela volta correndo para o banheiro o abrindo pela pressa.

Mas ao abrir a porta a visão que a espera a faz corar até a raiz dos cabelos.

Damon estava completamente nu, seus cabelos presos em um rabo de cavalo baixo caindo pelo ombro largo, no lado direito.

Ela engole em seco descendo os olhos pelo abdome definido chegando até perto do caminho da perdição quando a voz jocosa e provocante de Damon a traz de volta.

-Posso ajuda-la, senhorita Lua?

Nervosa, Lua desvia o olhar sem jeito.

-De... Desculpa. É que eu esqueci uma coisinha.

 Ai que vergonha.

Ótimo Lua, você pode morrer agora.

Damon sorri travesso, pegando algo que estava caído no canto e estende para ela, com apenas um dedo.

Um sutiã vermelho, tamanho GG.

- Creio que esteja procurando por isto?

Ela olha instantaneamente para o que ele está segurando, mudando de cor.

Merda.

Sem perceber ela encara, detalhe por detalhe, cada músculo, cicatriz ou tatuagem do homem a sua frente, enquanto caminha timidamente até ele para pegar seu sutiã vermelho das mãos dele.

Santa Deusa.

Ele é tão...

Seus olhos descem descaradamente pelo torno nu e convidativo do licano.

-Gosta do que vê senhorita Lua?

A voz grave e rouca a arranca de seus devaneios a fazendo erguer os olhos encontrando um sorriso travesso nos lábios carnudos de Damon.

Merda.

Nervosa e com o coração martelando no peito, ela tenta pegar rapidamente sua lingerie, desviando o olhar, mudando de assunto.

Travesso e satisfeito com a reação inocente de Lua, Damon ergue a mão a fazendo tocar em seu peito quente.

Lua arregala os olhos, se virando para ele, ainda mais nervosa.

Ela recolhe a mão como se tivesse se queimado na pele dele.

É o que?

Ele sorri malicioso fingindo analisar a peça de renda.

- É uma bela peça o que você esqueceu aqui senhorita. Mas aconselho que não as deixe por aí, já que meus beta e ômega costumam frequentar minha casa. A senhorita não iria gostar que homens vissem e imaginassem coisas indevidas, não é mesmo?

Ela cora violentamente e ele lhe entrega a peça intima a provocando.

- Tome mais cuidado da próxima vez, sim.

Ela pega o sutiã, enquanto saia apressada do banheiro.

- É o sono, não acontecerá novamente.

Ele segura o braço dela, causando-lhe arrepios.

-Você deve estar com fome, também. Vou mandar algo para seu quarto assim que eu terminar aqui.

Nervosa ela balbucia sem encará-lo.

-O... Obrigada.

Ele solta o braço dela e ela sai correndo desesperada, voltando para o quarto.

Damon sorri lambendo o lábio inferior.

Ele se sentia faminto, mas faminto de algo que a muito tempo ele não sentia.

Será que estava sozinho por tempo demais?

Damon olha para a porta fechada e sorri suavemente.

Que fofa.

Ao chegar ao quarto, Lua se tranca e se j**a na cama morta de vergonha.

AHHH...  Que vergonha.

Ela abraça o travesseiro com o coração martelando acelerado.

O que foi aquilo, minha Deusa?

Ela se lembra do sorriso malicioso de Damon e de seu corpo definido e forte e sorri timidamente.

Definitivamente posso morrer agora.

Um tempo depois, como esperado, Damon lhe enviou um jantar.

Algo simples e leve que ela comeu rapidamente e foi se deitar.

Quando ela abre os olhos, percebe está num lugar escuro, que logo toma forma do banheiro de Damon.

Onde estou?

Estou de volta ao banheiro do senhor Damon?

-Precisa de alguma coisa senhorita Lua?

A voz rouca a faz se virar e encontrar Damon completamente nu, com um sorriso matador a olhando de cima a baixo, o que faz sua calcinha ficar molhada.

Oh minha Deusa.

Os lábios de Lua se entreabrem assim como os olhos dela que rapidamente se banqueteiam nos músculos de Damon que eram acariciados pela água do chuveiro que escorria suavemente pela pele morena.

-Gostaria de se juntar a mim senhorita Lua?

Ele a convida sedutoramente.

-A água está uma delícia.

Ela sente a garganta ressecar e engole em seco.

Mas o que?

Seu coração acelera ainda mais falhando algumas batidas.

Sem se dar conta, caminha até Damon o comendo com os olhos, mas para a centímetros dele recobrando a sanidade.

Lua abaixa a cabeça tímida, mas a curiosidade a vence, e ela ergue o olhar suavemente.

-Esqueceu alguma coisa, bruxinha?

Seu olhar se perde nos profundos olhos esmeralda.

Olhos tão verdes e tão profundos que pareciam joias preciosas a observá-la.

Essas joias eram tão intensas e brilhantes que pareciam que lhe podiam ver a alma.

-Tão deliciosa.

Ele acaricia seu quadril espalhando arrepios por seu corpo.

Oh.

De repente Lua estava nua e corando violentamente.

-Quando?

Ele a puxa para o box a pressionando contra a parede fria, a farejando com um sorriso malicioso.

-Seu cheiro me fascina.

A voz grave era quase um ronronar contra seu ouvido.

Ele passa a mão na lateral de seu corpo a fazendo se estremecer.

- Senhor Damon...

-Fale.

Ele lambe seu pescoço sensualmente a fazendo arfar.

Ele sorri contra a sua pele lhe causando arrepios.

-Você me quer também bruxinha, admita.

-Eu...

Quando Lua cogita responder, ela ouve uma voz familiar.

-Ou você só está evitando o inevitável de ser minha?

A voz grave de seu líder sua em seu outro ouvido a fazendo acordar com o choque repentino de ele realmente aparecer diante dela.

Assustada Lua olha para todos os lados do quarto escuro sentindo o coração martelando no peito.

Ela se enrola no lençol novamente.

Um sonho...

Que raios de sonho foi esse?

Ela se martirizou um pouco, abraçando o travesseiro e se encolhendo até que voltou aos braços de Morfeu.

O que ela não imaginava era que lá fora, com as mãos espalmadas na porta, do lado de fora da porta de seu quarto, estava Damon, que fora para lá sendo guiado pelos instintos mais primitivos de seu lobo interior.

Damon engole em seco, nervoso.

Ele estava lutando contra seus instintos.

Ele havia recobrado os sentidos ao visualizar a porta do quarto dela.

O que estou pensando?

Damon. Damon.

Vir aqui pelo aroma que ela emitiu assim do nada, você é melhor que isso.

Não acredito que vim parar aqui tão rápido ao sentir o cheiro da excitação dela.

Sou um estúpido...

Não sou um bárbaro, parece até que estou a perigo.

Qual é, eu sou um Alfa, não um animal doméstico.

É só ela exalar excitação, medo e tristeza que meu lobo vem correndo.

Eu não deveria estar assim por uma humana que acabei de conhecer.

O que a deusa da lua está aprontando?

Por que não consigo ignorá-la?

Meu bando não aceitaria isso facilmente.

Mesmo que meu Beta e meu ômega a aceitem, é impossível.

Afinal ela é uma bruxa.

Droga, por que ela tinha que ser uma maldita bruxa.

Não, eu quem sou o problema.

Por que sou tão coração mole com alguém que precisa?

AH... Isso vai acabar me matando.

Ele passa a mão pelos cabelos negros, frustrado.

Acorda para a vida Damon, vocês não se servem.

Se repreendendo mentalmente ele volta para seu quarto, se trancando e indo dormir.