POV ENRICA
Antes que eu pudesse me mover, sombras emergiram da floresta. Um grupo homens de aparência selvagem, me cercaram.
Meu coração disparou. Levantei-me de um salto e tentei correr, mas uma mão áspera agarrou meu braço.
Gritei. Tentei me desvencilhar, mas o aperto em meu braço era firme, doloroso.
— Fique quietinha, docinho — sibilou um dos bandidos, puxando-me contra seu peito imundo. Seu hálito quente e fétido se espalhou contra minha pele quando ele enfiou o rosto no vão do meu pescoço e inspirou fundo. Meus pelos se arrepiaram, não pelo medo, mas pelo nojo que me percorreu dos pés à cabeça.
— Hm… essa aqui tem algo diferente. — Ele riu, os dedos sujos apertando minha cintura. — Talvez seja uma entrega especial para o laboratório.
Meu corpo congelou.
— Não acho que vale muito — disse outro, analisando-me de cima a baixo com desprezo. — Fraca demais. Ninguém vai pagar bem por essa.
Meu estômago se revirou. Entrega? Laboratório? O que eles estavam dizendo? Meu sangue gelou, mas