Hélio nunca imaginou que ouviria seu neto chamá-lo de vovô enquanto ainda estivesse vivo.
Hélio abraçou Anselmo, e lágrimas caíram nas costas do menino enquanto ele falava com a voz embargada:
— Anselmo, você precisa crescer rápido e ser bom para sua mãe, entendeu? A vida dela foi difícil, ela sofreu muito.
Vendo ele chorar, Anselmo imediatamente pegou um lenço de papel para secar suas lágrimas e, enquanto o fazia, disse:
— Senhor, você não pode chorar, se chorar muito vai ficar cego, como o meu pai, e não poderá ver nada.
Hélio parou de chorar imediatamente e, acariciando sua cabeça, disse:
— Seu pai vai ficar bem, acredite em mim.
Após o jantar, Heitor levou Anselmo embora.
Olhando para eles se afastando, Hélio não conseguiu evitar que seus olhos se enchessem de lágrimas novamente, murmurando:
— Anselmo, eu espero que você cresça feliz.
No carro, Heitor colocou Anselmo na cadeirinha infantil e se sentou ao seu lado, instruindo o motorista a dirigir, então olhou para Anselmo e disse: