Heitor olhava para Igor, desgrenhado, e, mordendo os dentes traseiros, disse:

- Igor, você pensa que, com o apoio do seu pai, eu não ousaria te incomodar?

Sem esperar que Igor reagisse, ele avançou como uma fera.

Derrubou ele no chão e começou a bater.

Heitor tinha na mente a imagem de Aurora em um roupão de dormir, com o rosto corado e deitada na cama.

Seus cabelos estavam molhados, e até seu pescoço branco estava vermelho.

Aquela Aurora, ele já havia visto antes.

Ela era sua mulher, e agora estava deitada na cama de outro homem.

Como poderia engolir essa raiva?

Seus socos eram cada vez mais pesados, Igor não tinha chance de reagir.

Foi então que uma voz fraca soou ao seu ouvido.

- Heitor, pare! - Era para ser uma frase severa, mas Aurora, debilitada, falou de forma fraca.

Heitor parou o que estava fazendo e olhou para Aurora com os olhos vermelhos de raiva.

Lágrimas enchiam seus olhos brilhantes e o desejo familiar brilhava em seu olhar.

Ele mordeu o dente em fúria e um sorriso malic