Aurora caminhou lentamente até o retrato de Larissa, seus dedos pálidos e esguios acariciavam o rosto de sua mãe. Sua voz soava um pouco rouca.
— Mamãe, sou eu, Au, a filha que você salvou arriscando sua própria vida. Vim te ver.
Ao ouvir essas palavras, Cláudia não conseguiu mais segurar as lágrimas, que corriam por suas bochechas.
— Larissa, foi você no céu que abençoou, permitindo que encontrássemos Au. Fique tranquila, a partir de agora, cuidaremos bem dela. Descanse em paz.
Ela entregou um incenso a Aurora e, com a voz embargada, disse:
— Au, ofereça este incenso à sua mãe e faça uma reverência, para que ela possa abençoar você e seu filho com paz e segurança.
Aurora pegou o incenso, prestou várias reverências ao retrato e, em seguida, o fixou no incensário.
Depois, se ajoelhou no tapete e fez várias reverências com a cabeça.
Quando estava prestes a se levantar, viu Heitor se ajoelhar ao seu lado.
Com uma expressão séria, ele olhou para o retrato de Larissa e disse:
— Tia Laris