Naquele momento, Heitor perdeu toda a sua postura agressiva, parecendo um cachorrinho obediente e triste ao olhar para ela.
O coração de Aurora doía como se alguém tivesse espetado uma agulha nele.
Ela se agachou lentamente e acariciou a cabeça de Heitor, falando suavemente:
- Heitor, vou te levar para casa.
Os olhos de Heitor, vermelhos, se fixaram nela:
- Se você prometer que não vai embora, eu volto com você.
- Está bem, eu prometo.
Ouvindo isso, Heitor finalmente se levantou, cambaleante enquanto era conduzido para fora.
Mas a mão que segurava a de Aurora nunca se soltou. Parecia que, se ele a soltasse, ela desapareceria.
Chegando à Mansão dos Ribeiro, Aurora ajudou Heitor a se limpar rapidamente e o cobriu com a manta.
Observando ele adormecer, ainda com a testa franzida, ela estendeu a mão, com pena, e suavizou sua expressão.
Seus dedos não puderam evitar traçar seus traços nítidos. Das sobrancelhas aos olhos, do nariz aos lábios.
Cada toque na pele fazia o coração de Auror