Fama,dinheiro e sucesso, Alyssa conseguiu tudo o que queria aos 27 anos, mas porque não se sentia completa? Depois de ser vítima de um golpe, ela acaba perdendo tudo e sua única saída é voltar para sua cidade natal, Sant Louise, mas ela esta preparada para enfrentar aquele que foi o motivo de suas várias noites em claro, Hugo O'Connel, seu melhor amigo de infância? Hugo se culpo por anos pelo rompimento com sua amiga e por não ter dito o que realmente sentia, mas agora ela está de volta e eles tem a chance de mudar isso, quanto tempo o amor espera?
Ler mais20 anos atrás
Estou sobre a grama chorando enquanto os garotos mais velhos riem de mim e rasgam meu lindo gorro que mamãe me deu. Não consigo reagir as implicações dos meus mal feitores que continuam a zombar de mim e me chutarem, sou muito fraca e covarde e por isso continuo chorando.
_ Ei vocês!- alguém grita de longe- Deixem ela em paz idiotas!Os garotos param de me bater e prestam atenção em um garoto que está gritando._ O que está procurando aqui O'Connel? De o fora antes que eu lhe dê uma surra- o líder do grupinho fala para o garoto que tira a mochila que tinha nas costas e pega um taco de beisebol de dentro dela._ Eu disse pra deixa-la em paz, Roger- o garoto diz e joga a mochila no chão- Pena que não me ouviu.O garoto levanta seu taco e vai em direção aos outros que correm desesperados gritando._Você vai ver só O'Connel, eu vou te pegar! Vamos embora!- Roger corre junto com seu grupinho.Eu ainda estou na mesma posição quando o garoto vem até mim e estende sua mão, eu a pego e ele me ajuda a levantar. Passo as mãos pelo meu casaco tirando a sujeira e a grama que se prendeu a mim._Eles rasgaram seu gorro, sinto muito- ele me estende os farrapos que eram o meu querido gorrinho- mas acho que não vão te incomodar mais ou vou atrás deles de novo, aliás me chamo Hugo O'Connel, é um prazer te conhecer...- ele me olha esperando que eu diga meu nome._Alyssa Campebel- eu pego o gorro de sua mão- Obrigada por me salvar de Roger._ Sem problemas Alyssa- ele sorri para mim- minha mãe diz que não se deve implicar com ninguém, principalmente com uma garota bonita.Minhas bochechas começam a esquentar com o elogiou repentino e eu sorriu de volta para Hugo._ Vamos, eu vou levar você até a sua casa- ele vai até sua mochila guardando o taco e a colocando nas costa em seguida- só para garantir que vai ficar segura._Obri...gada Hugo- eu abaixo os olhos- mas eu não quero atrapalhar você._ Não vai me atrapalhar em nada, e minha mãe disse que isso é ser cavalheiro, eu vou ser um grande cavaleiro um dia- ele pega na minha mão- Vamos Alyssa!E nós corremos em direção a cidade.Atualmente
_Alyssa você não pode negar uma oportunidade dessas!- Minha empresária diz olhando séria pra mim- deixe logo de lado essa sua birra com o Sr.Ramirez e aceite o trabalho.
_ Eu não vou ser modelo daquele ser repugnante e machista, Carmen- olho ainda mais séria que ela- e eu não considero assédio uma birra, jamais vou me associar com ele e sua marca.
_Alyssa, por favor, nós estamos falando de uma campanha de 200 mil dólares- Carmen segura meus ombros- pense direito, são 200 mil!
Olho sorrindo para ela que tem um fiapo de esperança no olhar, pegos suas mãos e tirando elas de meus ombros digo:
_ Nem se ele me oferecesse o dobro eu não aceitaria- o fiapo de esperança morre- eu não faço isso só pelo dinheiro, eu amo meu trabalho Carmen, e tenho princípios. Aceitar esse trabalho vai contra eles.Ela suspira derrotada e sai para atender o telefone que começou a tocar. Sozinha na minha sala penso na minha carreira e em tudo que já passei, tantas humilhações e "portas na cara" que não consigo nem contar, eu batalhei muito para chegar onde estou hoje e jamais desperdiçaria meu esforço trabalhando para aquele crápula.
Para a mídia o Sr.Ramirez é um grande, generoso e gentil empresário, dono de uma elegante marca de lingeries, mas na verdade ele não passa de um assediador nojento. Eu descobri isso na primeira e última vez que fotografei para sua marca, ele invadiu meu camarim durante o intervalo e tentou me agarrar, mas para o azar dele fiz aulas de defesa pessoal, o nocauteie e fui embora, depois liguei para meu advogado e o processei. Desde então não aceito nenhum trabalho que ele esteja relacionado e estranhamente sua marca sempre me manda propostas com valores cada vez maiores, e essa perseguição já está me aborrecendo.
Algumas horas depois, ouço batidas na porta e vejo Joana, minha governanta, indo atender, logo em seguida passos e um falatório vem do corredor e chegam até minha sala. O crápula adentra enfurecido o recinto sendo seguido por Joana.
_ Você não vai recusar essa oferta!- ele diz com sua voz horrorosa de velho fumante prestes a ter um câncer- Não tem essa opção!_ HAHAHAHAHA!- rio com escárnio- Quem é você para decidir o que eu faço? Eu nunca aceitarei trabalhar com você, seu velho nojento! Agora saia da minha casa ou eu vou chamar a polícia!O velho asqueroso não se abala com minhas palavras, pelo contrário, ele assume uma expressão de que tinha exatamente o que queria.
_ Essa é uma ótima ideia- ele senta em uma de minhas poltronas- eu gostaria de ver você explicar para eles como você matou e sumiu com o corpo de Loren Aguileira.
_ O QUE?! EU NUNCA FIZ ISSO!- digo surpresa e sem acreditar
_ Minha querida Alyssa- Ele acende um cigarro fedorento e tira um envelope de dentro do paletó brega dele- não é isso que esses papéis dizem.
Ele me estende o envelope e eu o pego e vejo seu conteúdo. São várias fotos minhas com uma adolescente, e depoimentos de pessoas que eu nunca vi na vida e muitos outros papéis que eu não entendo._ Eu não conheço essa garota, nunca a vi antes- jogo os papéis sobre a mesa de centro- Claramente são falsos, você é tão patético e asqueroso que nem ameaçar alguém você consegue, de o fora da minha casa antes que eu te acuse de invasão de domicílio.
Ramirez pega seu cigarro e o apaga no braço da poltrona fazendo um buraco no couro. Ele junta suas mãos sobre o colo e com seu sorriso presunçoso ele tira outro papel do paletó e uma caneta.
_ Minha acusação pode ser falsa, mas essas provas não são querida- ele coloca a folha sobre a mesinha- e mesmo que você prove que é inocente, sua imagem ficará destruída, nenhuma marca ou agência vai querer contratar uma modelo acusada de assassinato, você vai cair, a menos que assine isso e trabalhe para mim exclusivamente e sem exigências- ele se levanta arrumando as abotoaduras feias igual o resto de sua roupa- Não precisa me responder agora, te darei duas semanas para decidir e pode ficar com essas cópias, elas podem te ajudar na sua decisão.O monstro Ramirez vai embora e eu desabo no sofá, sinto meu peito doer e minha respiração pesada, Joana que estava apenas vendo tudo abismada corre em meu socorro.
Estou perdida! Como posso sair dessa?Como escolher entre trair meu caráter ou perder minha carreira e minha liberdade?Como esse velho nojento pode ser tão baixo e por quê? Por que essa obsessão por mim?Essas dúvidas invadem minha mente como balas e respirar fica cada vez mas difícil, sinto a dor aumentar mais e mais dilacerando meu ser, não a suporto e caiu na inconsciência.Escuto ruídos que pouco a pouco vão se tornando claros, reconheço a voz de Carmen e Joana, elas parecem estar discutindo.
_Ela não pode fazer uma coisa dessas- Diz a voz que parece ser Joana- A menina Alyssa jamais se perdoaria em aceitar esse acordo horrível!
_ Mas a carreira dela irá pelo ralo!- dessa vez parecer Carmen quem fala- Todo os esforços de anos serão jogados ao vento! Aquele crápula nojento! Como sairemos dessa?
Lentamente abro os olhos e uma luz forte me faz piscar algumas vezes, minha visão vai ficando nítida e percebo que estou em um hospital. Carmen é a primeira a perceber que acordei.
_ Oh Alyssa, que bom que acordou!- ela segura minha mão- Fiquei tão preocupada quando Joana me ligou, como está se sentindo?
Eu me sento na maca com o auxílio de Carmen, passo as mãos no rosto me lembrando de tudo o que ocorreu até eu desmaiar e procuro por uma saída dessa situação.
_ O que eu faço?- sussurro para mim- Como eu saio dessa?- Olho para Carmen e Joana- O que eu devo fazer? Como... como eu...- minha voz embarga e as lágrimas começam a cair- Como eu posso escolher entre as coisas que mais me orgulho?
Elas vêem até mim e me abraçam enquanto eu choro copiosamente. Estava tudo tão bem, finalmente estava bem, minha vida, minha carreira e de repente tudo caiu por terra e estou novamente no fundo do poço e dessa vez sem esperanças de subir.
Minha bolha de sofrimento explode quando um celular tocando é estendido para mim, olho confusa para ele e vejo o nome que me era muito distante brilhando._ Atenta querida- Joana que até então só estava observando se aproxima e segura meu ombro- Deve ter um motivo muito importante para ela te ligar, talvez seja até a resposta que estava procurando.
Relutante pego o telefone e aceito a chamada, alguns segundos se passam, eu respiro fundo e tomo coragem para encarar o que eu havia adiado por anos.
_ Alô- respiro mais uma vez- Tudo bem, Mãe?
Dois anos depois _ Devagar Aly, eu ainda acho melhor te levar no colo- Hugo segura tão firme minha cintura que ele pode sair com ela em sua mão a qualquer momento- na verdade, não sei se é uma boa ideia você ir._ Hugo eu estou grávida, não inválida - me solto de seu aperto e entro no carro, ele da a volta e senta em seu lugar- eu nunca perderia o primeiro desfile da minha menina, você merecia uns t***s só por dizer uma coisa dessas- ele balança a cabeça derrotado- não faça essa cara, sabe que se preocupa demais, eu sei que nosso menino está perto de chegar, mas não precisa de tudo isso._ Nem acredito que serei pai novamente- ele dá seu sorriso de pai babão que anda recorrentemente desde que descobrimos a gravidez- Mesmo já tendo passado por todas essas emoções, ainda me sinto tenso e com um pouco de medo, isso é estranho não é? – riu de sua cara- o que foi? Não ria de mim, amor._ Você é tão bobinho meu bem- ele continua confuso com minha reação- Não é nada estranho, é normal se
Sant Louise_ Mamãe! Mamãe! – minha mãe aparece furiosa na porta- onde estão o sapatos?- meu sorriso amarelo não diminui sua irritação evidente. _ Alyssa, eles estão na cama- ela suspira e entra no quarto - literalmente ao seu lado, sei que está nervosa meu amor, mais precisa relaxar um pouco, ainda faltam 2 horas para a cerimônia- ela ajeita alguns fios do meu cabelo- você está tão linda filha, não acredito que já vai se casar, minha garotinha crescida- seus olhos se enchem de lágrimas e os meus também, pego suas mãos na minha e as beijo. _ Por favor mãe não chore ou eu vou chorar também, e não vai ser bom eu borrar minha maquiagem- ela sorri e eu a acompanho- Obrigada por tudo, eu te amo tanto mãe! _ Se continuar falando essas coisas não vou conseguir parar de chorar- ela me abraça apertado- tenho que pagar minha promessa com Santa Louise, ela atendeu minha prece para que você e Hugo se casassem logo de uma v
6 meses depois _ E então o que você achou dessa?- a mulher a minha frente sorri tentando esconder a vontade de me matar, não posso culpa-la, essa é a quarta casa que visitamos, só essa tarde- Tem tudo o que queria, cinco quartos, uma sala ampla, um jardim bem iluminado e finalmente uma piscina. A garagem acomoda até três carros, a vizinhança é tranquila, a escola fica a apenas duas quadras, é a casa perfeita.- temo que se eu disser não pra essa casa também, eu vou morrer. _ Ela é ótima Alyssa- Hugo vem da grande cozinha- você viu os fundos? A piscina é enorme e tem uma churrasqueira, eu adorei as sacadas dos quartos- ele pega meus ombros e os aperta suavemente- por favor, diga que é essa que você quer- e fala baixo só para mim- a corretora não aguenta mais e admito que eu também não. _ Eu gostei dela- a expectativa da corretora é tão grande que é quase palpável, me sinto até ofendida- Vamos ficar- ela comemora dis
Los Angeles, Mansão de Ramirez _ Alyssa!- corro até ela que está no chão- Por favor Deus, não- me ajoelho a seu lado e a tomo nos braços, seu corpo está mole e sujo de sangue- Alyssa, meu amor, por favor não- a abraço já chorando- por favor não me deixe, você não pode, não tem esse direito, Bella precisa de você, eu preciso de você- minhas lágrimas descem cada vez mais pesadas por meu rosto- ainda não disse o quanto te amo e como eu desejo passar o resto da minha vida com você, que você é minha luz e eu não sou nada sem você... _ Isso... foi... um pedido de casamento? – ouço sua voz fraca e vejo um leve sorriso em seus lábios, toda a tensão e o medo que eu sentia se dissipou como névoa e o que eu sentia agora era apenas alívio por finalmente ter o amor da minha vida de volta em meus braços- se for, eu aceito- seu sorriso se ilumina ainda mais. _ Ainda não- mais lágrimas, agora de felicidade, transbordam de meus olhos- v
Escritório de Ramirez - Olá Rebecca, como está sendo sua estadia aqui?- Ramirez tinha uma arma na mão- Pelo visto, meus homens a trataram muito bem- ele se levanta e vem até mim, a arma em punho e engatilhada brilhava, o cano frio tocou minha testa- Você me deu muito trabalho, sabia? Eu não sei o que passa na cabeça de vocês mulheres que decidem fugir assim- fecho os olhos- você realmente acreditou que eu não te encontraria? Que poderia andar por ai a vontade? Não minha querida- ele se abaixa e passa o cano da pistola na minha bochecha- você sabe demais, é uma ponta solta, e eu não gosto de pontas soltas. _ Vai se ferrar seu desgraçado- cuspo em seu rosto, meu corpo todo tremia pelo medo e a morte já me aguardava, eu não tinha nada a perder- A morte de Loren não vai ficar impune, eles vão pegar você, todos vocês, vão pagar por tudo que fizeram por todas nós- eles riem de mim. _ Seu espírito de justiça é ador
Sant Louise _ Senhor, o capitão retornou sua mensagem- Ulisses parece sem fôlego de tanto ir e voltar pela delegacia- Nesse momento um grupo já está indo para o local combinado, aparentemente o Ramirez já tinha sido investigado mas se safou de todas as acusações. _ Canalha!- termino de colocar o colete- Obrigado Ulisses, você está fazendo um ótimo trabalho- dou duas batidinhas em seu ombro- Agora eu tenho uma missão para você- ele ajeita sua postura- minha filha e a mãe de Alyssa estão no hospital, elas devem estar confusas e com medo, sua missão é de protege- las._ Sim senhor, será uma honra- ele sai rápido, contínuo me preparando quando Romeno aparece protegido com um colete._ Então você é pai?- ele pega um pouco de café no canto da sala._ Não é da sua conta- não sei porque, mas esse cara me dá muito nos nervos- Você nem deveria estar aqui._ Se eu não estivesse aqui, você ainda estaria rodando nessa sala como um
Último capítulo