O silêncio entre eles era denso, carregado de sentimentos reprimidos. Quando chegaram ao quarto, o ambiente parecia mudar. As luzes suaves e as cortinas balançando levemente com a brisa intensificavam a tensão.
Felipe a deitou na cama com cuidado, mas seus movimentos eram deliberados, quase calculados. Valéria sentiu o peso do tempo que passaram afastados, a frustração acumulada, o desejo reprimido.
Ele começou a desabotoar a camisa lentamente, os olhos fixos nos dela. Cada gesto dele parecia uma promessa silenciosa. Quando ele se aproximou, ela sentiu a respiração acelerar.
Felipe a tocou suavemente, mas logo o toque se intensificou. Havia uma urgência contida nele.
— Você achou que podia me afastar assim, Valéria? — A voz dele saiu rouca, cheia de uma emoção crua. — Acha que pode simplesmente voltar?
As mãos dele percorriam o corpo dela com intensidade. Havia uma mistura de desejo e uma espécie de punição nos gestos, como se ele estivesse mostrando que ela não escaparia tão faci