Leonardo
Bati suavemente na porta do escritório do meu pai, esperando por sua permissão. De dentro, ouvi sua voz grave e firme:
— Pode entrar.
Abri a porta, sentindo um misto de ansiedade e determinação. Meu pai estava sentado à mesa, revisando alguns documentos, mas ao me ver, tirou os óculos e se ajeitou na cadeira.
— Pai, posso conversar com o senhor? — perguntei, mantendo um tom sério.
Ele me estudou por um momento antes de responder.
— Claro. Aconteceu alguma coisa?
Respirei fundo, escolhendo as palavras com cuidado.
— Na verdade, estou pensando em algo, mas queria que isso ficasse só entre nós, pelo menos até eu ter certeza da minha decisão.
Ele arqueou uma sobrancelha, desconfiado.
— O que você está aprontando, Leonardo?
Soltei uma risada curta.
— Nada de errado, pai. Na verdade, estou pensando em ficar no Brasil de forma definitiva. — Fiz uma pausa para medir sua reação. — Queria saber se existe a possibilidade de tentar uma vaga na sua empresa.
O rosto dele se iluminou com um