Salvatore caminhava com passos precisos pelos corredores da base. Havia acabado de sair de uma reunião com o general e sua mente ainda estava focada em relatórios e estratégias. Seu semblante era o de sempre: sério, impenetrável. Não havia espaço para distrações — até que, ao virar o corredor que levava ao refeitório, deu de cara com um rosto desconhecido.
O homem estava encostado em uma das colunas, usando roupas civis bem alinhadas e com um ar casual demais para aquele ambiente rígido. Ele conversava com um dos soldados com desenvoltura, como se já pertencesse àquele lugar. Isso bastou para acender um alerta automático em Salvatore.
Ele se aproximou, o queixo levemente erguido, o olhar fixo. O desconhecido virou-se assim que notou sua presença.
— Você deve ser o Salvatore — disse o homem, com um sorriso amistoso que não combinava com o tom da sua voz. — Sou Ethan.
Salvatore o encarou por um segundo antes de responder.
— E eu deveria saber quem é você?
O sorriso de Ethan