Daphne
— Querido, você é realmente um presente para mim – Greta sorriu, sua voz soando fraca enquanto ela permanecia deitada sobre uma cama.
Aquela mulher havia sido tão boa comigo, tão boa com Elijah. Ele segurava a mão dela entre lágrimas, sabendo que agora lhe restava pouco tempo de vida.
— Não chore, meu pequeno – ela acariciou o rosto dele, enxugando suas lágrimas – não quero vê-lo triste por coisa alguma. Leve-o Daphne para dar um passeio.
— Eu não quero deixá-la – Elijah disse.
Precisei agarrá-lo e tirá-lo dali. Precisei também segurar as lágrimas na garganta para não deixar a situação mais complicada para Elijah. Ele só tinha cinco anos, ainda era uma criança, não era justo carregar esse peso sozinho.
— A tia Greta vai melhorar, não é mamãe? – ela me perguntou enquanto eu o envolvia em um abraço.
— É claro, que ela vai melhorar – acariciei suas pequenas costas, antes de afastá-lo e limpar seu rosto – agora quero que você vá para o quintal brincar um pouco, tudo bem?