O sol da manhã estava nascendo lentamente, lançando uma luz dourada sobre as ruas enquanto eu observava pela janela do carro. O café na minha mão já não parecia tão reconfortante, e o gosto amargo me lembrava do nó que se formava no meu estômago.
O cheiro de grama molhada entrava pelas frestas do carro, misturando-se ao perfume de Duncan, mas nada conseguia acalmar a ansiedade que se acumulava em mim. Eu tinha que entrar nesse assunto, não tinha? Foi o motivo pelo qual eu fiz Duncan vir correndo até mim e agora eu tinha ainda mais dúvidas sobre a questão da qual ele se mantinha em silêncio.
O observei de relance. Ele dirigia calmo, deixando a música envolver o carro, com o olhar fixo nas ruas da cidade. O maxilar tenso, como sempre, a curvinha dos lábios descontentes, para baixo. Eu já estava acostumada com seu humor irreverente, dessa vez o mau-humor era por ter que acordar cedo demais. Não deu tempo de tomar café, eu estava atrasada para as aulas, mas ele parou em uma cafeteria nos