Solange interceptou a mão de Hanna no ar, e o tapa nunca chegou a acertar ela.
Ela olhou para Hanna sem expressão e disse, palavra por palavra:
— Eu só tenho um pai, e por causa das armações do seu marido, a empresa dele faliu. Agora ele está no hospital esperando um transplante de rim.
Ao encontrar o olhar frio de Solange, Hanna sentiu por um instante uma pontada de culpa.
Ela se desvencilhou da mão de Solange e gritou, irritada:
— Eu nunca vi alguém mandar o próprio sogro para a delegacia! Explique tudo para a polícia agora, ou eu não vou deixar você em paz!
Solange sempre soube que Hanna não era muito razoável, mas não imaginava que ela pudesse ser tão sem noção.
— Sra. Hanna, você tem noção de que sequestro é crime? Além disso, ele tentou me matar. Eu já entreguei a gravação para a polícia. Você acha que isso é brincadeira de criança?
O rosto de Hanna ficou tenso. Quando estava prestes a falar, Paulo, que permanecia em silêncio até então, interrompeu:
— Chega, não