Dramas e Absorventes
Quero me jogar na frente de um carro em alta velocidade, mas nem isso posso fazer, já que estou em um vilarejo de via única, onde os carros andam a vinte por hora.
O plano era fazer uma visita, conhecer as lojas e a cafeteria que ele disse que tinha aqui. Contudo, como a vida gosta de me ferrar, mal levantei e senti aquela sensação bem conhecida de quando a menstruação desce de uma vez.
Pior: estou presa no banheiro do corredor porque não tenho absorventes. Com a decisão apressada da mudança e a correria para arrumar tudo, ir ao mercado ou à farmácia nem mesmo passou pela minha mente.
Mordo a ponta do meu polegar e balanço a perna. Não posso ficar sentada na privada para sempre.
— Elise? — Solto um grito e cubro a boca com a mão ao ouvir a voz de Malachi. — Está tudo bem?
Tudo o que desejo agora é que alguém me dê um tiro. Meu rosto esquenta, e penso nas minhas alternativas, que, claro, são bem limitadas.
— Elise? — Ele chama outra vez, e encaro a porta.
—