A luminosidade do celular diminuía lentamente, enquanto os dedos de Sílvia, repousados sobre a mesa, estavam frios como gelo.
Ela jamais havia marcado um exame de saúde por conta própria.
A expressão em seu rosto quase se descontrolou, e seu corpo tremia, incapaz de se segurar.
Um aviso de exame médico fez com que ela percebesse quão ridícula e trágica se encontrava.
- Sílvia, tenho uma pergunta para te fazer. - Justamente quando Juliana se aproximou com um pequeno monte de documentos, Sílvia levantou os olhos para encará-la.
A expressão de Sílvia estava péssima, e mesmo sob maquiagem pesada, se podia notar seu mau humor.
Contudo, Juliana parecia não notar, colocando os documentos que trazia nas mãos à frente de Sílvia e disse em tom baixo:
- Sílvia, as especificações aqui não estão muito claras. Como devo organizá-las?
Sílvia olhou para os documentos e, após um momento, respondeu de maneira fria:
- Você não tem mãos ou nunca aprendeu a pesquisar por conta própria na internet?
Julian