Nikolai.
A faca percorreu toda a extensão do seu braço, o sangue começou a escorrer, manchando todo o chão e toda a sua roupa. Seus gritos podiam ser escutados a quilômetros, enquanto eu continuava o meu trabalho.
Ter platéia não era o meu forte, por isso, pedi para que o resto do pessoal saísse. Só ficamos eu e ele. Era irônico estar desse lado, algumas mãos já foram cortadas por ele e agora, a cabeça dele estava em jogo.
Limpei a faca na sua camisa branca e me afastei um pouco, tentando analisar o pequeno estrago que havia feito. Os cortes eram superficiais, mas o sangue jorrava como se uma torneira tivesse sido aberta. Pisei na pequena poça e fiz uma careta.
- Está preparado para falar? - Perguntei.
- Nikolai, eu não fiz nada. - Ele disse, entre um gemido e outro.
- Sabe que fez, Greg. - Eu ri. - E sabe que o pagamento é doloroso.
Percorri novamente pelas prateleiras e passei o dedos pelas facas e peguei a maior delas. Era afiadas e brilhante. Me aproximei dele a