Carlos bateu na porta e abriu em seguida, Danilo estava lendo para a irmã, e ele gostou de admirar essa cena.
— Meu filho, o que acha de almoçar comigo? Somente eu e você.
— Por que bateu no tio?
— Tio? — Carlos sorriu com o parentesco, realmente ele e Argos eram como irmãos, não haveria título mais apropriado.
— Tudo bem. Assim você me explica o que aconteceu.
Carlos passou pelo escritório, Marcela ainda estava lá sentada em sua cadeira com a cabeça baixa na mesa, ele a olhou com mágoa e pena, queria parar tudo e abraça-la, mas também se sentia ofendido, estava arriscando a pele por alguém que não o ama.
— Sairei com Danilo, talvez demore.
Ela apenas olhou para ele e sorriu para Danilo. Seus olhos denunciavam que chorou, se sentia culpada por destruir a família que ele agora possuía.
Danilo deu um passo para entrar, pensou em cuidar da mãe, mas Carlos não permitiu.
— Pai, ela está bem?
— Sim meu filho, posso dizer que brigamos, mas não a machuquei, ela só precisa pensar um pouco.
Ele