Negociando o Amor com o Mafioso Bilionário
Negociando o Amor com o Mafioso Bilionário
Por: Taty Costa
A família

Na máfia, a coisa mais importante que existe é a família, honrar, proteger e perpetuar.

Um homem sem uma família não é nada, e Carlos sabe disso, por isso encarregou sei executor e amigo da missão mais difícil de sua vida, trazer a sua família para perto.

Missão era que poderia ser difícil ou até impossível, mas se essa pessoa tem influência e dinheiro, esses são só detalhes. E Carlos tinha os dois!

— Fala Argos! Já está com eles?

— Senhor Carlos, o menino está saindo da escola, vamos interceptá-lo no caminho, parece que faz todo trajeto a pé.

— E minha filha? — Carlos estava apreensivo, pensara que deveria ter ido junto, que sua presença era fundamental, mas Argos refutou a ideia, disse que alguém nervoso colocaria tudo a perder.

— Está com a moça na casa, ela não tem uma rotina e não desgruda da menina, será mais difícil fazer isso de forma branda.

— Deixa de conversa! Faça o que tem que fazer e traga meus filhos, seu tempo está acabando...

Argos era o homem de confiança de Carlos, jamais pediria a outro algo tão importante, cresceram praticamente juntos a lealdade e amizade era nítida entre os dois.

Argos vigiou aquela pequena família por dias, mas chegou o dia de agir. Argos seguia com dois homens em um carro preto o menino Danilo de apenas 11 anos.

Danilo percebeu no primeiro dia que estava sendo seguido e nos últimos dois dias dava uma volta no quarteirão antes de entrar na rua de casa. Com a aproximação do carro Danilo percebeu que estava em perigo e resolveu parar na padaria que ficava uma quadra antes de casa. Ele se sentou no balcão e pediu um suco, esperava que o carro fosse embora como das últimas vezes, mas dessa vez isso não aconteceu.

— Mas que merda esse moleque está fazendo? — Argos disse do carro.

Argos viu a demora do garoto e resolveu entrar na padaria, para vigiá-lo de perto. Ele entrou e não tinha como não chamar atenção, era um homem grande e forte, estava de calça jeans azul escuro e uma camisa polo preta, usava óculos escuros, estava bem vestido demais para um homem que frequenta uma padaria de bairro, seus cabelos castanhos e pele clara evidenciava que nem brasileiro poderia ser.

— Um café, por favor.

— Olá, qual o seu nome?

— Me chamo Argos e você?

— Já deve saber, afinal faz dias que me segue, mas acho que hoje eu não tenho mais como escapar.

— Como é menino? — Argos quase engasgou com a resposta de Danilo.

— Vamos ao que interessa. O que quer? Já aviso que não temos dinheiro, minha mãe é viúva, seu marido não lhe deixou muita coisa, ela é professora. E em um país como o Brasil não se ganha tão bem. Então se pensa em um resgate, deve procurar outra vítima.

— Caralho moleque! Você deduziu isso tudo sozinho? — Argos não conseguia traçar um plano, não podia simplesmente arrastá-lo dali, e o menino parecia ler seus pensamentos. Ele era inteligente demais para uma criança.

— Bom, acho que não vou conseguir te enganar com doces, então serei direto, vou levá-lo e não, não estou atrás de um resgate. E não pense em correr, sei onde mora, e que Danilo é seu nome.

— Correto, minha família ficará bem? Pretende machuca-las?

— Sua irmã vem comigo também, a moça que cuida de vocês...

— Mãe, ela é minha mãe! — Danilo falou com um tom de quem não gostou da referência sem grau de parentesco. Ele amava a mãe e jamais se referiria a ela de outra forma.

— Ok! Espero que ela não ofereça resistência em entregar a menina, realmente não quero machucá-la.

— Vou com você, e penso no que fazer com a minha mãe, estaremos em perigo? Fará mal a nós? — Argos o olhou e viu a preocupação do menino, os olhos inocentes de quem estava disposto a tudo pelo bem de sua família.

— Não realmente, vou levá-lo para a casa de seu pai em Londres.

— Você é meu pai?

— Você faz perguntas demais, moleque! E não sou seu pai, apenas trabalho para ele.

Danilo se levantou e começou a caminhar até o carro, Argos foi atrás, parecia até o segurança do menino. 

O soldado no banco da frente não questionou, apenas dirigiu até a casa.

— Menino vou entrar e pegar sua irmã, se comporte, realmente não quero ferir a mo... quero dizer, sua mãe.

Argos entrou com o outro soldado e Danilo ficou no carro, Argos deu a volta na propriedade e entrou pelos fundos o outro homem pela frente, assim que localizou Marcela, vacilou o olhar em sua beleza, ela estava de costas colocando a bebê no berço, se virou e soltou um pequeno grito, pegou novamente a criança no berço e se agarrou a ela.

A mulher de cabelos cacheados era bela e Argos não pôde deixar de sorrir com a visão.

— Calma, não quero e não vou machucar você, apenas me entregue a menina! — Sua voz era suave, falava de forma delicada, parecia realmente não querer assustá-la.

— É minha filha, não vou soltá-la... — Marcela respondeu amedrontada.

— Sabemos que não é verdade, o garoto já está comigo, vou levar os dois para o pai.

— Por que está se explicando pra ela? — Disse o outro soldado, ele parecia impaciente. — Solta logo a menina é melhor pra você!

O homem pegou uma espécie de faca que trazia na cintura, e começou a caminhar em direção a Marcela.

— Calma Ben, vamos fazer isso na calma. — Disse Argos.

Quando ouviu a voz dele, Marcela desviou o olhar da lâmina e sentiu algo queimar em seu braço. O homem tinha rapidamente a cortado.

— Que merda Ben! Se machucar a menina estará morto antes mesmo de voltarmos.

Argos pareceu bravo e puxou uma arma, não fez isso para ela, mas para o parceiro que não sabia como agir.

Marcela se agachou no canto da parede e a menina virou um pouco a cabeça, olhou para a arma e começou a chorar. Marcela se espantou, fazia meses que não escutava o choro fino de Megan.

No carro Danilo pensava em como manter sua família unida, ele demorou para encontrar alguém que o aceitasse e quando finalmente achou Marcela, ela estava preste a ser tirada dele. Assim que Argos sumiu de suas vistas, Danilo se dirigiu ao soldado que ficou como motorista.

— Preciso ir ao banheiro!

— Aguenta aí moleque! — O homem respondeu ríspido.

— Estou na frente de casa, vou ao banheiro e volto, ou quer que eu faça no carro.

— Que droga moleque, vou com você e sem gracinhas...

Assim que desceram do carro Danilo abriu a porta de casa e correu para o quarto da irmã. Marcela estava agarrada a menina que chorava em seu colo, notou o corte no braço da mãe e o que parecia uma faca na mão do soldado. Argos estava próximo a janela com uma arma na mão.

A cena era caótica e desesperadora, Danilo tinha que pensar rápido e assim achar uma forma de se proteger e proteger a sua família...

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