Ele também quer isso, ele me quer...
Até que... ele pisca, se desvencilhando do desejo que sentia por mim, apenas para se lembrar de que eu não sou ela.
Eu vejo acontecer, devagar.
Vejo os olhos dele procurando os meus antes de descerem para os meus lábios, vejo a mudança em seu olhar... ele não precisa dizer nada; eu vejo tudo se desenrolando diante de mim.
Sua rejeição gelada.
De repente, aquelas mãos que acenderam uma chama ardente em mim... que fizeram minha pele formigar com seu toque... agora parecem frias, pesadas.
Eu as afasto, descendo lentamente do armário e puxando a barra do meu vestido para baixo, tentando impedir que as lágrimas quentes, que já ardiam nos meus olhos, caíssem.
Foi ele quem me seguiu até aqui, ele quem me encurralou contra uma parede... Ele quem lambeu meu machucado.
A pele ainda carregava a saliva dele — algo sagrado, reservado apenas a companheiros.
Ele fez isso, não eu.
É ele quem continua vindo atrás de mim, e toda vez se arrepende na mesma hora.
— Jace