SAMANTHA VASCONCELOS
Assim que o carro do Dom para em frente ao meu prédio, ele diz ao motorista que pode deixar, ele abre a porta para mim.
Ele me estende a mão e me leva de mãos dadas até o portão.
— Você acreditaria em mim se eu dissesse que já estou sentindo sua falta? – ele pergunta.
— Para quem tem problemas com sentimentos, até que você está bem atirado – brinco, mas com o coração disparado.
Ele da uma risada baixa e grave.
— Acho que tem muito a ver com a pessoa certa e blá, blá, blá.
Dou risada também e me perco em seu olhar.
A vida é muito louca mesmo. Quem diria que por baixo da carapaça, havia uma pessoa do bem e tão sensível.
— Posso te buscar amanhã para ir ao aeroporto?
— É muita gentileza sua...
— Eu trago o café.
— Feito.
Na manhã seguinte, ele faz como prometido.
Me encontra com um cappuccino maravilhoso, wrap de queijo cottage e meu muffin preferido, minhas escolhas vegetarianas.
— Trouxe o meu preferido pra você experimentar, é donut de frutas vermelhas – ele diz.