“Por Giovanna Villani”
Meus últimos dias têm sido relativamente tranquilos. Matteo passa a maior parte do dia fora de casa, o que, para mim, é um alívio. Os pesadelos constantes e a sensação de ser observada por aquele homem em cada canto desta casa já são o suficiente para perturbar minha paz.
Desde que encontrei meu sogro, não tive coragem de explorar o restante da casa, pois passei várias horas do dia fazendo-lhe companhia. Ou melhor, permanecendo ao seu lado em silêncio, enquanto observávamos os pássaros voando pelo jardim. Aparentemente, desenvolvemos o hábito de invejar a liberdade deles.
— Don Pietro, agora que terminamos nossa comida, vou deixá-lo a sós. — afirmo, após o jantar que ele, surpreendentemente, aceitou sem que eu fingisse indiferença, e com o meu auxílio, ao menos ele se alimentou um pouco melhor.
— Obrigado por me fazer companhia, Giovanna. O jantar estava ótimo; agradeço por isso também.
— Prometo cozinhar mais vezes, já que gostou do meu tempero. Tenha uma boa n