“Por Matteo Villani”
O aroma persistente de tabaco e whisky permeia o ambiente da La Tempesta. Enquanto me acomodo na poltrona, meu olhar se fixa no anel dourado que adorna meu dedo, símbolo das responsabilidades e dilemas que carrego.
A meu lado, Fabrizio permanece em silêncio; sua expressão séria reflete as preocupações que ambos compartilhamos. A notícia de que Don Philippo acusa La Tempesta de envolvimento com tráfico humano ecoa em minha mente. Uma afronta que ameaça desfazer as alianças meticulosamente construídas.
— Tráfico humano? — murmuro, mais para mim do que para ele, pelo que parece ser a milésima vez. — Don Philippo só pode estar de brincadeira! Eu deveria ter ouvido o Luigi. Talvez assim, a minha vida não teria se tornado a porra de um caos. — A frustração ecoa em minha voz, misturada à fumaça que preenche a sala.
— Matteo, ninguém poderia prever algo dessa proporção. Agora precisamos enfrentar a situação, descobrir o que está acontecendo e decidir o que fazer.
— Há ano