Matteo permanece ao meu lado, acariciando suavemente minha pele em silêncio, enquanto encaro o teto, relutante em encará-lo. Os vestígios do desejo e relaxamento desaparecem gradativamente, dando lugar à vergonha e timidez, criando um vazio de incertezas sobre o que devo fazer.
Decido romper o silêncio, falando a primeira coisa que me vem à mente, numa tentativa de conseguir respirar longe dele.
— Eu estou com fome. — digo, após um longo suspiro. Matteo me encara fixamente, soltando uma risada em descrença.
— Esperava qualquer coisa, menos isso.
— O que esperava? — indago, virando-me para encará-lo. — Que eu dissesse algo fofo como nos livros? Ou que eu pedisse um cigarro, como nos filmes?
— Um cigarro agora seria um ótimo pedido, mas para mim, ragazza. Não quero que a nicotina atrapalhe o seu perfume. — ele afirma, deslizando levemente o nariz pelo meu pescoço. Suspiro com o contato e ele abre um sorriso ao se afastar. — Não sei, só esperava algo… diferente.
— Não vivemos um conto