A sensação de desamparo e solidão me envolveu instantaneamente quando percebi que precisava de um pouco de atenção após aquele pesadelo, e não a recebi. Como resultado, passei toda a manhã trancada no quarto do hotel, assistindo a séries aleatórias, enquanto meu marido resolvia seus assuntos em algum lugar de Santorini.
Após um almoço no quarto, já que fui impedida de sair sozinha, decidi deixar a televisão de lado e me sentar na varanda, perdendo-me na imensidão do mar Egeu. Recordações dos nossos passeios em família pela praia, ou pelo menos uma parte dela, já que meu pai e Aléssio raramente se juntavam a nós, vêm à minha mente.
Lembro-me de um dia na praia, quando eu tinha apenas nove anos, alguns meses antes de ser enviada para o colégio interno. Minha mãe e eu estávamos juntas, desfrutando da simplicidade e normalidade daquelas horas.
Enquanto observava as ondas, meus olhos se fixaram em um casal que brincava na beira do mar. Eles se divertiam jogando água um no outro, rindo com