CAPÍTULO 19. ERROS DO PASSADO
Subi os degraus das escadas dois a dois, corri como se centenas de demônios estivessem me perseguindo, até chegar à sala onde eu estava, meu coração batia de medo, com raiva, eu realmente não tinha certeza de qual sentimento estava me dominando naquele momento.
Eu me joguei na cama e comecei a chorar. Incomodou-me que todos vissem um relacionamento entre Camillo e eu como incestuoso, quando nem uma gota de seu sangue corria pelas minhas veias, nem o via como família. Lembrei-me imediatamente quando meu pai disse com voz firme: "Camillo não é nada seu, seu pai sou eu". Ele também não é seu tio, ele é apenas o irmão do marido de sua tia".
Então, como eles poderiam tentar me fazer mudar essa idéia, fixada em mim quando eu era pequeno? Ficou preso em mim, Camillo não é nada meu.
-Ele não é nada meu! -Gritei alto em fúria e bati no travesseiro com força.
Senti um aperto no peito quase me sufocando, só queria estar com Camillo, precisava explorar cada um desses sentimentos e sensações que s