Passei pelo portão tão cega de raiva que nem notei uma senhora me chamando.
- Moça.-Ela passou na minha frente.- Já fechamosl
- É mesmo? -Fuzilei com os olhos, a infeliz. - Sai da minha frente.
- Não. - Ela cruzou os braços. - Não vou sair.
Era uma senhora de mais ou menos cinquenta anos, mais alta que eu,bem magra,e tinha cara de mal.
- Se a Senhora não sair,eu te empurro.- Coloquei a mão na frente dela.
Quando eu percebi que ela não ia sair mesmo, pedi perdão a Deus, tomei impulso e dei um empurrão nela. A mulher caiu de costas pro chão.
- Eu vou chamar a polícia! -Ela tentou se levantar.
- Não precisa.- Ela me olhou, assustada.- Já chamei.
Entrei de uma vez, fazendo umas meninas se assustarem comigo.
A balconista se levantou rapidamente:
- Moça, precisa de alguma coisa?-Eu sabia muito bem o que era.
- Preciso falar com a Rebecca.-Bati a mão no balcão.
- Ela vai ser medicada agora, não pode ser atendida.-Ela olhou na direção da última sala do consultório.
Nem esperei resposta,