— Sua mãe ficaria chateada se ouvisse isso.
— Não sei como ela conseguiu perdoar Salma.
— Eram amigas de toda uma vida.
— Pai, eu vou superar isto. — Levantei, forçando um sorriso. — Podemos tomar café na varanda?
— Claro, raio de sol. — Piscou, saindo.
Peguei o celular, para me inteirar das notícias. Mas não cheguei a tocar na tela para desbloquear. Talvez fosse melhor nem ler o que estava escrito com relação a minha família. Os últimos dias haviam sido tensos e de surpresas nada agradáveis.
Tomei um banho e tentei segurar as lágrimas, que teimavam em apossar-se dos meus olhos.
— Você é Maria Lua Casanova. E não vai chorar! — repeti para mim mesma.
Me vesti formalmente para o trabalho. Não contaria a meus pais sobre o caso de Ester e Robin. Ao menos não naquele dia.
Iria jogar a cabeça na pilha de trabalho que a North B. sempre tinha para mim e à noite talvez fosse à Babilônia para dançar e me desestressar com Ben. E tudo ficaria bem, como sempre.
Assim que cheguei na varanda, ouvi c