— Não precisa agradecer, morena — sussurro. — Eu sinto muito por seu pai! — falo no mesmo tom. Ela assente.
— Preciso avisar a Ana e algumas pessoas — diz tentando se afastar de mim.
— Deixa que eu aviso para Ana e posso te ajudar...— Tento dizer.
— Não precisa, Marcos. Sério, eu resolvo. — Me corta. Porra, achei o pior lado dessa mulher. Mônica é orgulhosa demais. Ela veste essa maldita armadura que a mantém em pé, firme e forte. Mas eu a conheço e a vi se despir dessa armadura e eu sei que ela não está bem.
— Eu quero e eu vou te ajudar. — A corto com firmeza.
***
Alguns dias...
No velório, assim como no sepultamento, Mônica já está bem mais calma e quando voltamos a sua casa, a bebê que vi antes não estava mais lá. Uma jovem conversa com a Mônica em um canto reservado e eu apenas observo as duas. A moça se levanta do sofá, parece igualmente triste e abatida e ela se tranca em seu quarto. E eu me aproximo da minha morena e a levo para o seu quarto para fazê-la descansar um pouco.