Capítulo 4
A luz do lado de fora invadiu o porão, dissipando a escuridão. Meu espírito, tomado por uma mistura de curiosidade e medo, aproximou-se para olhar. Lá dentro, estava o meu corpo.

Por causa do ambiente fechado e da temperatura do porão, o cadáver, mesmo após três dias, parecia ter se deteriorado por pelo menos dez. Meu corpo já estava em avançado estado de decomposição. Pequenos insetos haviam se espalhado por toda parte, revirando a carne apodrecida.

Meu rosto, inchado e escurecido pela asfixia, era irreconhecível. A visão era tão grotesca que, por um momento, o pânico tomou conta de mim. Eu não queria que meus irmãos me vissem assim, naquele estado. Mesmo morta, eu ainda desejava guardar um último resquício de dignidade.

Eu me coloquei na frente deles, tentando inutilmente bloquear a visão daquela cena. Mas, como sempre, todos os meus esforços eram em vão.

O rosto de Gonçalo ficou pálido no mesmo instante. Ele deu um passo para trás, visivelmente perturbado. Seus lábios tremiam enquan
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